De 12 a 22 de abril, o melhor da nova safra
do documentário brasileiro e internacional ocupa as telas de São Paulo (e do
Rio de Janeiro) no É Tudo Verdade 2018 -
23o Festival Internacional de Documentários.
Fundado e dirigido pelo crítico Amir Labaki,
o É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários, conta em sua 23a
edição com patrocínio do Itaú; Parceria do Sesc-SP e copatrocínio da Sabesp e
da SPCine. Conta com o apoio do Ministério da Cultura - Secretaria do
Audiovisual e da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo.
“É um
privilégio lançarmos mais uma safra excepcional de documentários, notadamente
brasileiros”, afirma o fundador e diretor do É Tudo Verdade, Amir Labaki. “As competições nacionais, de longas e de curtas,
são das fortes da década e os cineastas brasileiros têm participação recorde na
disputa de longas internacionais, com três representantes. É um festival um
pouco mais enxuto, mas nada menos vigoroso”.
SESSÃO DE ABERTURA
A 23ª edição do É Tudo Verdade – Festival
Internacional de Documentários, realiza sua abertura em São Paulo, pela
primeira vez, no Auditório Ibirapuera no dia 11/04.
O filme de abertura será ADONIRAN – Meu Nome é João Rubinato, documentário inédito de Pedro
Serrano. “Falar de João Rubinato é falar
de São Paulo, da história do rádio, do cinema e das telenovelas; é compreender
uma metrópole que está em constante transformação urbanística, mas cujo povo
permanece excluído do ‘pogréssio’”, comenta o diretor.
Adoniran – Meu nome é João Rubinato
Dir.: Pedro Serrano,
Brasil, 2018, 92 min.
O filme narra a vida e a
obra de Adoniran Barbosa, o maior nome do samba paulista, autor de sucessos
como “Trem das Onze” e “Saudosa Maloca”. Através do acervo pessoal do artista,
imagens de arquivo raras e depoimentos de amigos e familiares, descobrimos um
artista multifacetado, que retratou a sua São Paulo em canções e personagens de
rádio. Tendo a cidade como coadjuvante, o documentário traça um paralelo entre
a metrópole de hoje e aquela vivida por Adoniran e nos leva numa jornada por
seu universo criativo, cheio de controvérsias alimentadas por ele mesmo,
revelando por trás da figura pitoresca e de fala engraçada um artista
profundamente sensível às mazelas de seu povo.
HOMENAGEM A PAMELA YATES
Discípula do diretor e fotógrafo Haskell
Wexler (1922-2015), a quem retratou em “Cidadão Rebelde” (É Tudo Verdade 2016),
Pamela Yates é uma das mais importantes documentaristas americanas dedicadas a
temas relacionados aos direitos humanos e à América Latina. Indicada duas vezes
ao Emmy, premiada no Sundance Film Festival, Yates concluiu no ano passado sua
histórica “Trilogia Guatemalteca”. Realizada num período de 35 anos, a trilogia
a um só tempo documentou e ajudou a alterar o destino da Guatemala, em especial
de sua população maia. Em parceria com o Human Rights Watch Brasil, o É Tudo
Verdade apresenta pela primeira vez no país a trilogia na íntegra, na presença
de Yates e de seu produtor, Paco de Onis.
500
Anos
Dir.: Pamela Yates, EUA,
2017, 105 min.
“500 Anos” conta o épico
evento que levou a Guatemala a um ponto de reflexão na sua história, do
julgamento do genocídio praticado pelo ex-ditador General Rios Montt ao
movimento popular que derrubou o Presidente Otto Perez Molina. Focando temas
universais como justiça, racismo, poder e corrupção, eis a história a partir da
perspectiva da maioria da população indígena maia, suas lutas no país e a
guerra crescente contra a impunidade.
Granito
Dir.: Pamela Yates, EUA,
2011, 100 min.
Em 1982, a cineasta
Pamela Yates visitou a Guatemala, deparando-se com o auge de uma guerra civil
que opunha, de um lado, estudantes e indígenas maias e, de outro, uma ditadura
militar. Como saldo trágico, registraram-se dezenas de milhares de desaparecimentos
dos rebeldes, num processo que foi descrito como um verdadeiro genocídio
promovido pelas forças de segurança. A luta tornou-se o tema de um
documentário, “Quando as Montanhas Tremem”. Vinte anos depois, com a
democratização da Guatemala e a instalação de um tribunal de crimes de guerra
na Espanha, desencadeou-se um processo para indiciar os responsáveis pelos
crimes do passado. Identificando imagens de seu antigo filme como peças da
acusação, a diretora também questiona seu papel nos acontecimentos.
Quando
as Montanhas Tremem
Dir.: Pamela Yates e
Newton Thomas Sigel, EUA, 1983, 83 min.
O documentário relata a
história de Rigoberta Menchú, uma indígena maia que lutou pelo seu povo durante
um genocídio executado pela ditadura da Guatemala. Esse é o primeiro filme que
retrata essa guerra não divulgada, contada aqui em primeira mão pelos olhos de
Mechú, uma militante pela paz e pelos direitos dos índios. Em “Quando as
Montanhas Tremem”, filmado em 1982, ela mostra coragem e otimismo em um tempo
onde os esquadrões da morte matavam sem consciência e um opressivo ditador
tomava o poder. O filme ajudou a posicionar Mechú no cenário mundial,
tornando-se ela em 1992 a primeira mulher indígena a receber o Prêmio Nobel da
Paz.
DEBATES E MESAS
Debate
com Renato Brandão, diretor do filme “Quando as luzes das marquises se apagam -
a história da Cinelândia Paulistana”
SESC 24 de Maio
17
de abril às 15h - debate após a sessão
Rua 24 de Maio, 109
É
Tudo Verdade e Human Rights Watch apresentam
Encontro
com Pamela Yates
SESC 24 de Maio
18
de abril às 15 horas - debate após a sessão
Rua 24 de Maio, 109
Debate
ABD - Distribuição e Documentário
Itaú Cultural
19
de abril às 11h
Avenida Paulista, 149
Debate
com os diretores dos Curtas-Metragens da Competição Brasileira
SESC 24 de Maio
19
de abril às 21h
Rua 24 de Maio, 109
PROGRAMAÇÃO ON-LINE NO SITE ITAÚ CULTURAL
O Itaú Cultural apresenta em parceria com o
festival exibições exclusivas online, destacando cineastas mulheres que tiveram
participação em edições anteriores do É Tudo Verdade, no site do Itaú Cultural www.itaucultural.org.br.
Comentados pelo diretor do festival, Amir Labaki, os cinco títulos serão disponibilizados de 17 a 22 de abril.
Aboio
(Dir.: Marília Rocha, Brasil, 2004, 73`)
No interior do Brasil os
vaqueiros preservam alguns costumes arcaicos, entre eles o de tanger o gado por
meio de um canto conhecido como aboio.
Carmen Miranda, Banana is My Business (Dir.: Helena Solberg, Brasil, 2014, 92`)
O filme conta a
extraordinária história da estrela brasileira que conquistou a imaginação e o
coração do mundo: Carmen Miranda.
Dona Helena (Dir.: Tatiana Toffoli, Brasil, 2006, 54`)
Autodidata, Dona Helena
tocava viola desde criança e passando a juventude entre comitivas de boiadeiros
e prostíbulos do MS. Seu sobrinho enviou uma fita com suas músicas para a
revista norte-americana Guitar Player que a colocou entre os maiores
guitarristas do mundo.
Domingos (Dir.: Maria Ribeiro, Brasil, 2008, 72`)
Artista inquieto, que
resiste a rótulos e que não para de escrever nem de pensar coisas novas, ele
percorre os dias com uma rotina simples, à qual não podem faltar nem o amor,
nem a liberdade.
Os Melhores Anos de Nossas Vidas (Dir.: Andrea Pasquini, Brasil, 2003, 65`)
Histórias de preconceito, abandono e superação são contadas pelos moradores do
Santo Ângelo, uma cidade erguida para o tratamento de hansenianos.
PROGRAMAÇÃO
Acompanhe a programação completa em
etudoverdade.com.br/br/programacao e/ou baixe em PDF
etudoverdade.com.br/_pdf/_programacao/programacao-26.pdf
SERVIÇO
Locais de exibição:
CENTRO CULTURAL SÃO PAULO (CCSP)
Rua Vergueiro, 1.000
Tel 11 3397.4002
Sala Paulo Emilio - 99 lugares + 2 assentos
especiais
IMS PAULISTA
Av. Paulista, 2.424
Tel 11 2842.9120
141 lugares + 2 lugares para pessoas com
mobilidade reduzida e/ou baixa visão + 1 lugar para obeso + 4 lugares para
acompanhantes de cadeirantes
ITAÚ CULTURAL
Av. Paulista, 149
Tel 11 2168.1777 / 1776
224 lugares (7 especiais)
SESC 24 DE MAIO
Rua 24 de Maio, 109
Tel 11 3350.6300
216 lugares
ENTRADA GRATUITA EM TODAS AS SESSÕES. OS INGRESSOS SÃO DISTRIBUÍDOS NA BILHETERIA DA SALA UMA HORA ANTES DA SESSÃO. NÃO SERÁ PERMITIDA ENTRADA NA SALA APÓS O INÍCIO DA SESSÃO.